30 março, 2011

ME PERDI DENTRO DA MALA


ME PERDI DENTRO DA MALA

Quando ela descerrou aquela mala
Jamais pensei em ver o que eu vi
Ela levou aquilo para a sala
Algo que eu nunca mais esqueci

A mala cheia estava no chão
E milhões de coisas saíram dela
Até mesmo um tipo de coração
Que muito serviu de fio e janela

Quantos valores têm duas maçãs
Quando se tem uma intenção prescrita
Se delas aderem conhecimento

Não despeje leitores mais tormento
Lê mais livros desta mala bonita
Pois o peso dela não traz afãs

(Professor Edino)

29 março, 2011

LEIO




LEIO, LOGO EXISTO

(PARA MIM)

ESCREVO, LOGO, EXISTO,

                              PARA OS OUTROS.


(Professor Edino)



23 março, 2011

EU e ELAS

Vou lhes contar uma história que eu guardo na memória. Vou começar assim para não guardar mágoas delas em mim.
Desde pequeno eu lia na escola.
Depois, “decorado” não se cola.
Fazia em versos e também em prosa

Cresci com minha poesia
E meu mundo nelas fazia
Que delícia viver essa folia
Que doçura! Que loucura!
Tanto a noite quanto de dia

Gostava muito também de contar
Prosas que me faziam voar
Então a quem escolher?
Se essa também é meu viver

Repartido por muito tempo
Fiquei eu...
ao vento e ao relento
Só... Com meu pensamento.

Hoje já não sofro mais, nem mesmo escondo meus ais. Às duas dou atenção, Igual a poesia, igual à narração... E termino do mesmo jeito sem com elas perder o respeito.
(Professor Edino)


Terça-feira, 22 de março de 2011 às 9:34



TROVAR

Cantar, poetar
Exprimir, sentir
Representar, figurar
Mentir e desmentir

Fazer entender
Rir e amar
Sorrir e chorar
Compor e “de compor”

19 março, 2011

Teclografando.

Téc! Téc! Téc!
Poeta?!
Téc! Téc! Téc!
Escritor de Romance?!
Téc! Téc! Téc!
Estudante?!
Téc! Téc! Téc!
Professor?!
Téc! Téc! Téc!
Téc! Téc! Téc!
Por que Técas?!
Tá tudo traçado, tampouco tragas trovadas,
Terei Tédio,
Todavia, também terei trabalho,
Todo tempo.
Traste trabalhe.
Téc! Téc! Téc!


Na natureza tudo se transforma


Lixo
Palavra difícil de ser
Lixo ou luxo
Luxo ou lixo

Lixo que enche o bucho
Luxo que vira lixo
Vira bicho
Que enche o nicho
Vira
Virá
Virou...
   ...Licho
Virou...
      Luxo.
           Luxento.
           Lixento.
           Bichento.


Olhe

vendo este barraco.
Vendo Aquele Barraco.
Vendo Esse Barraco,
Vendo Esse barraco
Vendo este barraco
vendo este burraco.
                 Barraco!
                 barraco!
                 barraco...
                 burraco.

Vendo!
vendo?
vendo...
olhando, comprando,
         vendendo.
         o burraco.


É a hora josé!

Drummond, por favor meu amigo, não é plágio e vontade de dizer mais alguma coisa. Será que você faz poesia no céu?

É a hora josé!
Acorda!
Levanta!
Faz o café!
Abra a Porta!
Porque ela está fechada.
É a hora josé!
Lute!
Porque a batalha está aí!
É a hora josé!
Coma!
Porque o alimento existe!?
Beba!?
Viaje!?
Estude!?
Aprenda!?
Não esqueça!?
É a hora josé!
Vote!
Se eleja!
É a hora José!
de começar a peleja!

O leiteiro não morreu!
Sobreviveu!
Ele bate na porta!


A Dor déste

Vou me embora
pro nordeste
aqui não fico mais não
lá tem terra farta 
pra gente
quando cai a chuva no chão

lá sou amigo do tar rei
Na minha casa tem
irrigação
Ceará? não!
Maranhão.
Soa bem com garanhão.

Vou me embora
pro nordeste
aqui não fico mais não
lá já tem
a água
para molhar o pão
pra móde moiá meu chão.


Retrós

Este poema eu escrevi por ocasião da chacina que marcou muito o "brasil" e o mundo.

Retrato da fome
Retrato do home
que vira lobisomem
para saciar seu nome.

Retrato do Brasil
Retrato do céu
não anil
Retrato do amarelo 
que não é ouro
é farelo.
Retrato do verde 
que não é esperança
Não mata sede de criança

Branco que não é paz
é vermelho que não é guerra
é mancha de sangue
na Candelária
aqui nesta mortalha...
vida ordinária
o som da metralha...
nesta vida por detrás 
aqui jaz...

18 março, 2011

MINHA ESTRELA

Olhei para o céu e vi
Brilhar a estrela
que a Deus pedi

Meus olhos brilhavam.
Reflexos de sua Luz
Meu Coração batia forte.
A voz.
Só você me conduz.





15 março, 2011

ESCREVER


Escrever é:

Desejo de aprender quando
                            aprender é novidade no viver
Vontade de escrever quando
                            escrever é necessidade
Desejo de escrever quando escrever
                            é prazer
Vontade de parar quando ao
                            escrever cansar
Saber que vai sofrer, já da
                            vontade de não escrever
Ser obrigado a escrever sem saber
                            (o quê) escrever
É um tormento que aos
poucos arrebento, rebento... É um
rompimento que começou logo após
o nascimento.
Que constrangimento... eu lamento
e solto essas palavras ao vento
que sirvam de alimento em
                            todos os momentos
                            que escrever faz viver...

07 março, 2011

Os P. ...


Escrevi essa poesia quando estava na faculdade, faz muito tempo e olha que ainda parece tão recente.
Os P. ...

Vejo hoje muitos bichos.
No pátio da planície digo plan...alto
Catando dólares entre os ...

Quando acham algum
Não examinam nem cheiram
guandam com voracidade

Os bichos não são homens
nem mulheres
nem crianças

Os bichos, meu Deus, são Políticos!

Manoel Bandeira foi minha fonte de inspiração,
Professor Edino