01 julho, 2011

SOLIDÃO

A solidão é uma dor demente
Que dói no corpo e a alma sente.
A solidão é uma praga de tristeza
Que acaba com o vinho sobre a mesa

E quando ela chega, chega de supetão
Não pede licença, nem regra tem não
Vai direto com uma lança ferindo o coração
E por mais que se reze, não tem perdão...

Há solidão de amigos,
Há solidão da família,
Há solidão de abrigos,
Há também da folia... há solidão...

Mas de todas, a maior é a minha
Pois ela todas essas solidões aninha
Mas a que mais fere e machuca em dor
É a mais bruta e estúpida, a do amor

Solidão me deixe agora sozinho!
E como se isso eu pudesse conter
Pelo menos um segundo sem sofrer
Este vazio que invade meu ninho.

se invades assim meu coração
Posta-se junto a mim então
E aí vejo nessa escuridão
Minha companheira, Solidão.

E como posso estar nessa presença
Que arde e queima feito um fogo
Declarando a mais insensata sentença
Que é viver a sensação desse jogo

Se me matas com essa sua virtude
Qual seria então seu defeito?
A falsa presença que ilude
A dor que hora sinto no peito?

Despede de mim, oh angústia torta
Que meu velar não mais aguenta
Fecha essa sua porta
E as correntes, arrebenta

Vá pra bem longe deste mísero sofredor
Porque já não suporta mais tanta dor
Traga-me oh imensidão uma flor
Para que eu viva um novo amor!


Professor Edino

Um comentário:

  1. As dores de amor, são muito mais fortes do que as dores da morte de alguém que se ama. Quando vem a morte, sabes que nada mais pode fazer para trazer novamente. A dor do amor, podes tentar, mas só vai trazer se; amor, o outro tbm guardar.

    Linda poesia professor.

    Um abraço meu querido amigo e mestre.
    Sol

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