22 julho, 2011

À minha Lua

Sei que ainda estás acordada
e com a alma toda velada
Pensa e leva à minha amada
que minh'alma à ela é apaixonada

E quando ela encontrares
dize o quanto pranto derramei
embaçando meus olhares
todo o tempo que esperei

Se em vão for meu recado
Volta óh Lua e deixa o Sol calado
pois não quero só aquele bocado
mas permaneço enamorado
com meu peito embriagado
pelo amor esfacelado.



Professor Edino



Depoimento ao Miguel

Esse que veio depois menino
Para mudar de vez meu destino
e que quase em vez desatino
Mas firmo me bem, meu pequenino

E que loucura somos os dois
eu querendo, você também
viver sem pensar depois
como somos ainda neném!

Vivo porque você está aqui
ao contrário, não há razão
os encantos que até agora vivi
sustentaram meu coração

E você meu polaco querido
Vou levar sempre comigo
E todo o meu tempo vivido
por você foi promovido

E agora mais ainda lhe quero
e peço a Deus para lhe dar
Tudo que eu pai espero
que o seu venha realizar

E a você ofereço meu valor
que sempre eu posso cantar
E a você ofereço meu louvor
para sempre vou lhe amar.


Professor Edino


Depoimento à Isabele

E se tudo agora ficasse parado
Queria os meus ao meu lado
E você minha bela sem igual
com certeza de avental

Então eu diria por pensamento
"Vamos viver bem esse momento"
Pois se o vento vem, é tormento
se não assim, só lamento

Querida filha Isabele
Que rima difícil tem seu nome
que das entranhas some
mas que fica sempre na pele.

E que mais sinto eu ainda amor
por senti-la bem próxima de mim
pois leva desse pai a cor
para encantar mais meu jardim.

Professor Edino


Depoimento à Stephani

Quem dera ser mais jovem pudesse
Mas vejo que o mundo todo envelhece
só amor que sinto rejuvenesce
E deixo contigo essa pequena prece

Que Deus abençoe sempre sua vida
e que sua alma tanto querida
seja de bençãos ungida
e por meu amor acolhida

São palavras de seu pai
que sempre responde aos seus "ais"
que sempre vem e não vai
e longe dos seus "jamais".


Professor Edino


08 julho, 2011

PALAVRAS AO VENTO


Sofrimento da ansiedade,
Não vem só com a idade,
Está em qualquer cidade
Até na maldade da felicidade
De um ser em vão

E vão se os medos
De culpas e segredos
Quando o ego
Perde o sossego
E abre o coração

Alterações de humor
Isso é uma dor
Sem sal sem sabor
Se não é de amor
É ainda uma paixão

Preguiça
não rima com missa,
é dor roliça
muitas vezes, cobiça
sem salvação

Vozes do passado
Tem me assustado
Me sinto acusado
Por ter me apegado
A essa escuridão

Dramas, apatias, inseguranças...
Me vem as lembranças
Daquelas crianças
Qu’eu era em tranças
Naquelas manhãs

Nestas palavras “esculpida”
Trabalho não só a liberdade
Também trabalho amor a vida
À encontrar a paz e a felicidade

As palavras não são minhas
Porque semeio-as ao vento.
Não tuas, também em linhas
Delas somos, pensamento.




Prof. Edino



O QUE PENSAS?


Outro poema pela sua imaginação...
E vou escrevê-lo assim do nada,
apenas com o coração
e busco na sua fala
um pouco mais de emoção

se isso apenas não valer,
vou tentar mais um pouco então,
até minh'alma estremecer
e soprar forte como uma canção

Tudo apenas para saber
com os lábios sorridentes,
mesmo a voz a tremer
o que passa em suas mentes.

Se no plural assim escrevo,
é que vejo em alto relevo
as formas de sua expressão,
e por mais que me negas um beijo
ainda guardo do último a sensação.

Mas não é isso que me importa agora,
nem mesmo a sua atenção.
Quero apenas que me soltas
o que vai na sua imaginação.




Prof. Edino

TEU AMOR


Mesmo eu falando a língua dos homens
Mesmo eu falando a língua dos anjos,
Sem teu amor eu nada sou!

E vago por aí nas noites de solidão
Disfarçando ao meu coração
A falta que você me faz

E a saudade dos beijos de tua boca
Insiste, persiste, resiste tanto
Lembro-me de você santa e louca
Meu viver agora virou pranto.

Engano-me em não te querer mais
Fecho meus lábios ao teu nome
E às lembranças digo jamais,
Seus seios, ainda sinto fome.

Com a alma viva, toda dilacerada,
O coração em dor sangrando,
Pois meu peito é a tua morada,
Você partiu, meu todo gritando

Nunca me vi sem minha amada
Nem imaginei sem ela viver.
Aprendeu ser a mim enamorada
Agora quer a mim esquecer

Se mal feito há em teu pensar
Quebres este feitiço de amor
Com teu jeito puro a me amar,
À que em pranto escuro
mentires à tua dor...

Mesmo compreendendo a língua do amor
Mesmo compreendendo a língua dos homens
Mesmo compreendendo a língua da dor
Mesmo sabendo que os anjos não dormem
Prefiro Lírio que em tudo é apenas flor.


Professor Edino


01 julho, 2011

SOLIDÃO

A solidão é uma dor demente
Que dói no corpo e a alma sente.
A solidão é uma praga de tristeza
Que acaba com o vinho sobre a mesa

E quando ela chega, chega de supetão
Não pede licença, nem regra tem não
Vai direto com uma lança ferindo o coração
E por mais que se reze, não tem perdão...

Há solidão de amigos,
Há solidão da família,
Há solidão de abrigos,
Há também da folia... há solidão...

Mas de todas, a maior é a minha
Pois ela todas essas solidões aninha
Mas a que mais fere e machuca em dor
É a mais bruta e estúpida, a do amor

Solidão me deixe agora sozinho!
E como se isso eu pudesse conter
Pelo menos um segundo sem sofrer
Este vazio que invade meu ninho.

se invades assim meu coração
Posta-se junto a mim então
E aí vejo nessa escuridão
Minha companheira, Solidão.

E como posso estar nessa presença
Que arde e queima feito um fogo
Declarando a mais insensata sentença
Que é viver a sensação desse jogo

Se me matas com essa sua virtude
Qual seria então seu defeito?
A falsa presença que ilude
A dor que hora sinto no peito?

Despede de mim, oh angústia torta
Que meu velar não mais aguenta
Fecha essa sua porta
E as correntes, arrebenta

Vá pra bem longe deste mísero sofredor
Porque já não suporta mais tanta dor
Traga-me oh imensidão uma flor
Para que eu viva um novo amor!


Professor Edino