A solidão é uma dor demente
Que dói no corpo e a alma sente.
A solidão é uma praga de tristeza
Que acaba com o vinho sobre a
mesa
E quando ela chega, chega de
supetão
Não pede licença, nem regra tem
não
Vai direto com uma lança ferindo
o coração
E por mais que se reze, não tem
perdão...
Há solidão de amigos,
Há solidão da família,
Há solidão de abrigos,
Há também da folia... há
solidão...
Mas de todas, a maior é a minha
Pois ela todas essas solidões aninha
Mas a que mais fere e machuca em
dor
É a mais bruta e estúpida, a do
amor
Solidão me deixe agora sozinho!
E como se isso eu pudesse conter
Pelo menos um segundo sem sofrer
Este vazio que invade meu ninho.
se invades assim meu coração
Posta-se junto a mim então
E aí vejo nessa escuridão
Minha companheira, Solidão.
E como posso estar nessa presença
Que arde e queima feito um fogo
Declarando a mais insensata
sentença
Que é viver a sensação desse jogo
Se me matas com essa sua virtude
Qual seria então seu defeito?
A falsa presença que ilude
A dor que hora sinto no peito?
Despede de mim, oh angústia torta
Que meu velar não mais aguenta
Fecha essa sua porta
E as correntes, arrebenta
Vá pra bem longe deste mísero
sofredor
Porque já não suporta mais tanta
dor
Traga-me oh imensidão uma flor
Para que eu viva um novo amor!
Professor Edino