Brincar
com as poesias
Não é declamar apenas
É buscar de cada signo razão
A verdade de todas as cenas
Inclusive as do coração
Em cada ritmo como vela
De cada momento o som
Como as mulheres na janela
Vida besta de Drummond
Uma poesia fala da outra
Vestida da situação imensa
Fala muito e nem rouca
Mesmo de fala intensa
E onde está dela o poeta
Que rabisca a inspiração?
Ele trabalha sua procela
Nas formas da escanção
Nunca acaba de brincar
Segue-se por eternos dias
O mundo de se balançar
Nas asas das poesias.
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